quinta-feira, 19 de março de 2009
quarta-feira, 18 de março de 2009
segunda-feira, 16 de março de 2009
quinta-feira, 12 de março de 2009
terça-feira, 10 de março de 2009
quinta-feira, 5 de março de 2009
SERÁ POSSÍVEL OUVIR
Será possível ouvir como que vozes
não de anjos mas de humanos como um coro
louvando que vivemos, resistimos e sofremos
- naquele momento em coro todos, recusando
JORGE DE SENA
não de anjos mas de humanos como um coro
louvando que vivemos, resistimos e sofremos
- naquele momento em coro todos, recusando
JORGE DE SENA
segunda-feira, 2 de março de 2009
GATO
Que fazes por aqui, ó gato?
Que ambiguidade vens explorar?
Senhor de ti, avanças, cauto,
meio agastado e sempre a disfarçar
o que afinal não tens e eu te empresto,
ó gato, pesadelo lento e lesto,
fofo no pêlo, frio no olhar!
De que obscura força és a morada?
Qual o crime de que foste testemunha?
Que deus te deu a repentina unha
que rubrica esta mão, aquela cara?
Gato, cúmplice de um medo
ainda sem palavras, sem enredos,
quem somos nós, teus donos ou teus servos?
Alexandre O'Neill
Que ambiguidade vens explorar?
Senhor de ti, avanças, cauto,
meio agastado e sempre a disfarçar
o que afinal não tens e eu te empresto,
ó gato, pesadelo lento e lesto,
fofo no pêlo, frio no olhar!
De que obscura força és a morada?
Qual o crime de que foste testemunha?
Que deus te deu a repentina unha
que rubrica esta mão, aquela cara?
Gato, cúmplice de um medo
ainda sem palavras, sem enredos,
quem somos nós, teus donos ou teus servos?
Alexandre O'Neill
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